sábado, 21 de dezembro de 2013
Budismo e relacionamentos
Das varias relações em que estamos mergulhados as mais difíceis costumam ser as relações familiares; ao mesmo tempo elas se tornam um campo rico para os treinamentos.
Como o caminho é para despertar a lucidez, compreender e experimentar viver e conviver em paz, as diferentes relações são fundamentais no caminho para o Nirvana.
Nirvana e Samsara são posições da mente, formas de olhar as realidades; são formas das paisagens em que nos inserimos, janelas que abrimos para a vida. Da paisagem escolhida, surgem pensamentos. Esses pensamentos criam energias ( formas de comunicação). Essas energias constroem as ações.
Assim, quando mudamos de paisagem mudamos nossa realidade.
Coemergência é outro nome para o conceito de interdependência, nâo existe separação entre o observador e o objeto observado. O que enxergamos é reflexo de como estamos no momento. Ilusão é exatamente acreditar que existe separações.
Coemergimos olhando para as realidades através de nossos obscurecimentos mentais, nossas fixações, aflições e marcas mentais e/ou carmicas.
Perceber que o Samsara é uma forma de olhar o mundo permite o reconhecimento da Terra Pura em que já estamos e não conseguimos acessar.
Como foi visto no texto de semanas anteriores, os ensinamentos pode ser realizados em 3 formas–“TRIPITAKA” = Vinaya, Sutras e Abidarma.
O Abidarma seria o equivalente à psicologia e usa a Roda da Vida como um mapa mental.
A Roda da Vida, figura no anexo, estudada por todas as escolas, demonstra como nos construímos e como construímos a vida e renascimento e
dá referências para compreender como fazemos as escolhas.
Roda da Vida é um desenho de 4 circulos que interagem entre si:
No centro, os 3 animais –o javali ou porco - as identidades, nossos rotulos,
o galo – funções, as atividades (como nos fixamos, os apegos, como justificamos cada rotulo)
a cobra como defendemos nossas identidades- como nos armamos
a seguir outro circulo estreito, metade branco ( ações solidárias) e metade negro ( ações egositas)
a seguir 6 divisões: os 6 reinos – 6 estados mentais, 6 formas de viver
no último circulo 12 elos interdependentes que engessam os outros círculos internos e nos prendem ao samsara – o ciclo viciado do nascer, envelhecer, morrer e renascer.
Esse desenho está abraçado por Maharaja o “Deus da morte” , representado os grandes sustos, com espelho nas mãos, que ( pra mim) significa nossos medos que criam os apegos:
Apego ao controle = preocupações e ansiedades
Apego às crenças pessoais = intolerâncias e raivas
Apego às nossas “muletas” = vícios e dependências
Apego à nossa imagem = culpas, vergonhas e mentiras
Apego às nossas fronteiras = preconceitos, julgamentos
No alto do desenho um Buda aponta para uma lua representando um caminho de escape através do uso de 6 inteligências chamadas de
6 sabedorias (coloridas) disponíveis o tempo todo para todos os seres, como a luz do sol e da lua.
Todo esse ensinamento será visto nos e-mails das próximas semanas
Na internet é possível encontrar varias outras imagens da Roda da Vida
O texto desta semana explora este tema da Roda da Vida pelas palavras de Lama Padma Samten.
sábado, 14 de dezembro de 2013
5 Delusões - desejar sim, apegar-se jamais
As 5 delusões são as emoções aflitivas que desestabilizam a mente: raivas - frias ( engolidas) ou quentes ( extravasadas), inveja, orgulho, insatisfação ( desejo ilimitado) e confusão mental ( ignorância)
Para o Budismo vajrayana ( ou tântrico na sua forma real)que estudamos, segundo o texto anexo, “a compreensão da natureza essencial das emoções é um ponto central de investigação sobre a causa do sofrimento”.
Existem 3 principais escolas no Budismo:
Therava ( hinayana)- caminho solitário como praticada em Miamar
Mahayana – caminho para o beneficio de muitos,como praticada no Japão
Vajrayana ( trantayana) – caminho “secreto rápido”, que aproveita qualquer e toda situação para encontrar e despertar a luminosidade, como praticada no Tibet
E, dessas escolas surgem varias tradições.
As causas desse sofrimento são os 3 principais venenos mentais: ignorância (não saber ou saber equivocado)
apego (medo de perder ou não ter)
raiva ( as aversões a pessoas ou situações)
Essas 3 causas se entrelaçam; são causas e efeitos umas das outras.
O desejo move as ações no mundo, quando se transforma em um desejo ilimitado ou apego ( sensação de posse), torna-se um veneno.
Para esses venenos Buda oferece antídotos.
Os próximos textos vão cuidar das delusões ( emoções aflitivas); mas antes o cuidado vai para os apegos que são os trampolins para as emoções negativas.
Para explicar os apegos os ensinamentos usam o último circulo da Roda da Vida ( desenho anexo), os 12 elos interdependentes:
Resumo dos 12 elos da originação dependente
“Quem tem ignorância termina tendo marcas mentais, quem tem marcas mentais tem um embrião de identidade, quem tem um embrião de identidade tem aspirações, que tem aspirações termina gerando um corpo, quem tem um corpo gera contato com o mundo a partir do corpo, o contato com o mundo a partir do corpo leva à experiência de gostar e não gostar, gostar e não gostar leva ao apego e ao desejo, desejo e apego levam a sucessos parciais, esses sucessos parciais levam à noção de nascimento, o nascimento leva à ação no mundo, ação do mundo leva à morte.” –Lama Padma Samten.
para receber os textos citados escreva para artesdecura@netguest.com
sábado, 7 de dezembro de 2013
Cultivo da mente lúcida - a mente de bodicita
A mente possui véus que dificultam a percepção da realidade; véus que produzem as desilusões.
As desilusões acabam por nos libertar porque mostram nossos enganos, nos tiram da ignorância.
É sobre a dissolução desses véus que trata a filosofia budista.
Nas 4 Nobres Verdades:
Sofrimento ( frustrações, nossas confusões) fazem parte da vida
Esses sofrimentos tem causas
É possível dissolver essas causas
E para isso existem métodos – ajustes da mente
As causas desses sofrimentos são os 4 véus:obscurecimentos mentais, fixações, emoções aflitivas e marcas mentais
*Obscurecimento mental ( não conseguir ver com clareza)
*Isto causa fixações (desejo de posse, desejos ilimitados se sentir preso a dificuldades, dramas ou euforias e prazeres.
*Essas fixações causam angustias, emoções aflitivas (angustias)
*Esses sofrimentos produzem marcas mentais, carmicas ( condicionamentos)
Uma vez dissolvidos os véus, a mente lúcida reaparece, desperta.
Essa mente é uma inteligência bondosa, que quer ser de beneficio aos seres por uma forma lúcida, inteligente – saber ajudar e como ajudar.
Ninguém é mal, ninguém é ignorante – todos nós estamos presos na ignorância, todos sofremos por isso nos enganamos, por isso prejudicamos.
Pessoas felizes fazem o Bem, são alegres, generosas, atenciosas, interessadas
Por isso uma das praticas no Budismo é recitar repetidamente a prece Metabavana, para nossos desafetos, para nossos amigos, para mortos, para vivos e até para nós mesmos.
“Que ...encontre a felicidade
Que...supere os sofrimentos
Que...encontre as causas da felicidade
Que...supere as causas dos sofrimentos
Que seu obscurecimento mental, suas fixações, suas aflições e marcas mentais sejam dissolvidas e
surja em ....uma lucidez completa e instantânea para tudo e para todos
Que... traga vasto benefício a todos os seres e encontre nisso a fonte de sua alegria”
O texto desta semana é sobre essa mente inteligente e bondosa – a Mente de Bodicita; você pode pedi-lo através de artesdecura@netguest.com
domingo, 1 de dezembro de 2013
Relações amorosas como treinamento
A proposta budista é um convite para superar as fixações em nossas identidades, no nosso mundo, nossas fronteiras e auto-centramento. Esse é o caminho que leva à liberação e à possibilidade de conviver e construir a Cultura de Paz.
Amar é desejar e facilitar que o outro seja feliz......focar as qualidades positivas do outro, faz surgir a energia para cuidar, proteger, beneficiar e promover sua vida; essa atitude faz surgir o amor incondicional.
Na língua tibetana para o termo AMOR existe Bondade Amorosa...mais perto das nossas possibilidades.
Para uma cultura de paz as relações precisam ser abraçadas pela Bondade Amorosa.
A atitude da Bondade amorosa faz parte do tema do treinamento nas “4 qualidades incomensuráveis” ou “meditações ilimitadas”:
*bondade amorosa – superar o auto-interesse e focar nas qualidades positivas dos outros
*compaixão – inteligência lúcida que busca os meios hábeis para ser de benefício aos outros
(a energia compassiva manifesta-se quer as pessoas sejam boas ou estejam repletas de negatividades, pois queremos que todos, sem exceção, ultrapassem suas aflições e visões negativas – Lama Samten)
*equanimidade – relações de igualdade e generosidade
*alegria – satisfação realizações dos outros, por seu alívio e felicidade
As relações que vivemos na nossa vida durante as diversas experiências, são ótimas situações para fazer esse treinamento; e diz Lama Padma Samten, com muito humor.... nas dificuldades das relações pessoais o treinamento fica ainda melhor, mais eficiente......
Encontrar outra forma de olhar as dificuldades, encontrar uma nova forma de operar a mente com mais luminosidade é o caminho do treinamento.
“ os tempos degenerados são exatamente os tempos em que a compaixão, a igualdade e a bondade são esquecidos”( Lama Padma Samten)
Assim também nas nossas relações: elas se tornam difíceis quando esquecemos de praticar na convivência:
a compaixão (inteligência lúcida),
a bondade ( delicadeza) e
a equanimidade ( respeito, igualdade e generosidade).
Não é fácil...mas a cada conquista....que alegria!!!!
Abandonar as posturas de auto-interesse e trazer benefícios aos outros nos conecta com uma dimensão maior.
O texto desta semana é exatamente sobre Amar; se quiser recebe-lo envie e-mail para artesdecura@netguest.com
sábado, 23 de novembro de 2013
Resumo dos passos dados no Ciclo de Estudos Budistas
1.*As 4 faixas de respostas às circunstâncias
*Tudo tem seu tempo certo; ansiedade cria atalhos perigosos
*fundamento do Budismo = compreensão da natureza básica dos fenômenos; todos os seres possuem o potencial para lucidez total (iluminação)
*tudo está condicionado a mudanças, nada contém a verdade absoluta
*a causa do sofrimento não é apenas externa; necessidade de conhecer a origem interna dos sofrimentos; sofrimento das dores do corpo, das mudanças e perdas, das vicissitudes da vida, das emoções negativas.
*sofrimento depende de quanto nos deixamos afetar pelas circunstâncias
*sofrimento, basicamente, é causado pela defesa do Ego
*tomamos atitudes baseados nas nossas confusões.
2*confusão é a sensação de sentir-se preso às circunstâncias: às crenças, posses, relações, limitações, doenças etc
*serenidade é sentir-se liberto, independente das circunstâncias externas
*A filosofia Budista oferece ensinamentos de como foram criadas nossas prisões mentais
*prisões mentais nascem com os condicionamentos, marcas mentais que nos iludem e nos envolvem em “jogos”
*os “jogos” que vivemos são bolhas, e não percebemos que estão prestes a estourar e ver surgir outras – isto é o Samsara - uma forma de operar a mente no mundo
*podemos escolher jogar ou não jogar os jogos, a questão é não se fixar, não se deixar colar.
* meditação é a ferramenta básica do Budismo para enxergar além das bolhas
*o início
3A.* o início do caminho em busca da serenidade é orientado pela motivação bondosa semelhante ao surgimento de
um Lotus
*História de Sidarta Gautama até tornar-se Buda
3B. *O sentido da vida é recuperar a alegria e devolver a alegria aos outros:”o que posso oferecer?”
Sorrir, brilhar e ajudar os outros a brilhar.
* o sentido da nossa vida nasce sempre em conexão com outra vida
*Os 4 bardos
*Avidya ( ignorância) e Duka ( sofrimento)
*Interesse pela memória dos outros, suas histórias, coerências e ações na vida.
4ª. *As 4 nobres verdades
*1º passo é a motivação bondosa, 2º passo é renunciar ao hábito de sofrer
*estudos se norteiam pela:
verdade( dissolver as ilusões, os enganos)
coragem ( para seguir sempre em frente)
paciência ( sem pressa)
persistência (esforço constante )
No Budismo, Tomar Refúgio é tornar-se Budista.
O Budista toma refúgio, se refugia, encontra proteção em :
Buda - como símbolo de um Mestre verdadeiro, representando o aspecto sutil que todos portam
Dharma – ensinamentos para um caminho verdadeiro
Sangha – a comunidade que tem a mesma motivação de despertar a bodicita
Bodicita= coração bondoso, compaixão ou mente altruísta.
Na verdade, tomamos refúgio na natureza budica interna a todos nós, essa natureza capaz de enxergar todos os fenômenos por uma forma luminosa e livre – na esperança que um dia essa natureza se realize plenamente e possamos viver e conviver em paz em todas as dimensões e direções.
O texto desta semana “Um caminho simples” é uma tradução de ensinamento de SS Dalai Lama sobre o Refúgio e sobre 2 princípios básicos no Budismo: a interdependência ( originação dependente de todos os fenômenos) e a não-violência.
para receber o texto escreva para artesdecura@netguest.com
sábado, 16 de novembro de 2013
O sofrimento existe?
Conta a história que Sidarta Gautama após perceber que ascetismo apenas maltratava seu corpo e promovia confusão mental, sentou-se em silêncio para observar e compreender o que estava além das ilusões da realidade, além das percepções dos 5 sentidos do corpo.
Silenciando a mente e com todo o conhecimento que havia obtido em suas buscas e estudos, ele obteve a compreensão dos fenômenos.
Então, nesse momento, ele permite ser chamado de Buda = o desperto, o iluminado, aquele que alcançou a lucidez.
O primeiro ensinamento dado por Buda depois de sua iluminação, ou seja, da compreensão dos fenômenos da existência,
foi as “As 4 nobres verdades”:
o sofrimento faz parte da vida,
os sofrimentos têm causas,
é possível dissolver essas causas
e para isto existem métodos.
Para os sofrimentos, cada Filosofia oferece uma explicação e uma solução.
Na Filosofia Budista esse é o ponto de partida.
Existem muitos textos com ensinamentos e cada vez que relemos sobre esse tema é possível captar um pouco mais de sua essência ,
fazer conexões e encontrar explicações para nossa história pessoal.
No entanto para abrir espaço interno para iniciar verdadeiramente os estudos é necessário, antes de partir na aventura,
tomar a decisão de renunciar ao habito de sofrer.
Sentir-se merecedor de viver em serenidade.
Hábitos são aprendidos na infância e reforçados ao longo da vida.
Existem hábitos saudáveis, outros que nos manipulam, outros que dão medo.
Às vezes sofremos mais do que o preciso, porque o sofrimento parece dar um certo colorido e importância à vida;
Às vezes também, quando estamos em sofrimento, recebemos a atenção que nos falta .......
Mas será que vale-à-pena entrar nesses jogos?
Esses jogos enfraquecem e escravizam; liberdade é parte essencial de sentir-se confortável na vida. Liberdade interna.
As mudanças acontecem quando tomamos a decisão de resolver por nossos próprios esforços, tanto quanto seja possível;
milagres não existem, esperar simplesmente que algo ou alguém faça interferências e resolva nossos desafios é alienação,
esse comportamento é oportunista e não cria méritos para que as mudanças sejam bem enraizadas.
O que facilita a transformação é fazer escolhas de caminhos solidários (ou pelo menos que não causem prejuízo a outros seres), busca pela verdade, coragem, paciência e persistência, como coloca Lama Padma Samten no seu “Roteiro de 21 itens”.
A conexão com Mestres pode nos inspirar e expandir a percepção, mas as decisões serão sempre nossas.
Decidir renunciar ao sofrimento é um ato de autonomia!
O texto desta semana é sobre o sofrimento e foi escrito por Bel Cezar, psicóloga, estudiosa do Budismo e mãe de Lama Michel, está no seu livro “Emoções”, bem interessante e inspirador!!!!( para recebe-lo enviei e-mail para artesdecura@netguest.com
É possível conviver pacificamente com preocupações, frustrações, duvidas, dívidas, compromissos, desencontros e solidões....sem armas.... sem raivas.
É possível conviver pacificamente com sucessos, afetos, descobertas, verdades, encontros e amizades com generosidade....
sem aflições de perder.... sem medos.
Não é exatamente negar as situações; é não dar mais poder do que possuem – tanto às ruins quanto às boas.
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
O sentido da vida
Buscar um sentindo da vida acompanha a busca pela felicidade.
O que é exatamente um sentido para a vida?
O que é exatamente felicidade? Qual a diferença entre felicidade, prazer e serenidade?
Reflexões que mentes inquietas fazem em meio às confusões que cercam a vida.
O texto desta semana, Caminhando sobre Nuvens, é um comentário sobre o seriado Lost; mesmo que você não tenha assistido o texto vai poder inspirar reflexões.Se quiser recebe-lo envie e-mail para artesdecura@gmail.com
Para a filosofia budista esta vida que estamos vivendo é apenas uma parte do caminho de nossa existência,na busca pela expansão de consciência.
O viver é um dos 4bardos: bardo do viver, o do morrer, o do período intermediário e o do renascer. Ainda... o bardo do viver, em certas tradições é estudada em 2 subdivisões, o do sonhar e o do meditar.
Bardo= período intermediário, onde o velho não serve mais e o novo ainda não chegou. Assim é possível chamar os momentos de transição, de mudanças – eles também são bardos.
Este viver é um treinamento em direção à liberação.
Para alcançar essa conquista é preciso, na proposta budista, dissolver as marcas mentais ou marcas carmicas ( condicionamentos, fixações, apegos) .
Mas...como detectar nossas marcas carmicas?
É dito que os lamas são buscadores de marcas carmicas para nos oferecer oportunidades, fáceis ou difíceis, para dissolve-las.
Esse é o caminho na tradição do Budismo tibetano, encontrar a luminosidade da liberação nas situações, sejam elas de desafio, doloridas ou do grande alegria.
A marca carmica está onde nos sentimos fixados, onde tentamos exercer o controle, ou como exercemos o controle.
Descobrir a marca carmica é descobrir os jogos em que estamos envolvidos e como nos deixamos envolver.
Muitas vezes nossas ocupações e profissões, e como as exercemos, são grandes oportunidades para detectar e dissolver essas fixações.
A cada contrariedade, a cada vez que perdemos a serenidade, está aí uma marca carmica ou mental, um condicionamento ou fixação – não importa qual nome faça mais sentido para você, o que importa é perceber que cada contrariedade mostra o quanto gostaríamos que a vida fosse do nosso jeito – mostrando através dos dramas que criamos, nossos aspectos infantis e imaturos.
Por exemplo: uma chuva inesperada que te pega na rua, uma traição, um gasto ou um ganho inesperado, uma separação dolorida, uma premiação, a chegada de mais uma responsabilidade e por aí a fora....
Essas frustrações ou esses sustos, que nos acompanham é o que o Budismo chama de sofrimento, Duka. Essa é a primeira nobre verdade do Budismo: o sofrimento existe.
Ou seja o sofrimento é resultado da ignorância, Avidya: interpretamos o mundo através de nossas memórias e reagimos como se elas fossem a realidade total.....a compreensão do mundo acontece no nosso cérebro através dos dados que foram “salvos” nele, não exatamente através da realidade total. Por isso cada um percebe as situações à sua moda....no seu ponto-de-vista.
Bem....mas...para que serve esse trabalho de liberação das fixações? Qual o sentido disso?
_no conceito de que fazemos parte de um todo universal, o sentido seria à medida que conquistamos essa liberdade, cuidar dos outros seres para, através do conhecimento, dissolver os medos, se desarmar e promover o encontro interno com a verdadeira natureza de cada um, a Sabedoria Primordial, e.... todos juntos construirmos uma cultura de paz.
E como fazer para iniciar????
Treinar:
A cada vez que a alegria sumir, se perguntar o que fez perder a alegria?
Aí você vai descobrir um apego, uma fixação.
E então... uma breve meditação:
Pare,
Respire,
Relaxe,
Sorria.
Esse treinamento irá dissolvendo o poder das marcas mentais.
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