sábado, 15 de março de 2014
Pessoas preciosas
No aeroporto, antes de embarcar, conheci uma monja da linhagem de Hanmaum Seonwon; com sua linda longa veste azul claro, os cabelos raspados, tinha uma presença serena e parecia deslizar pelos corredores.
Logo que pude iniciei uma conversa para saber sobre sua origem. Coreana, estava de passagem pelo Brasil; a sede onde sua Mestre, Seon Daecheng, dá ensinamentos fica na Coréia e ela está residindo no Centro da Argentina . No Brasil existe um núcleo em São Paulo, na Barra Funda.
Encontrar, ouvir e aprender com pessoas preciosas que encontramos com data marcada ou ao acaso fortalece o projeto de construir na vida o projeto da budeidade, o encontro com nosso Verdadeiro Eu, nossa consciência iluminada e luminosa.
Mestres preciosos não têm fronteiras e ocasiões especiais para compartilhar seus ensinamentos.
Na verdade como a monja concordou, tudo pode se tornar pratica do Dharma, todas as ações podem fazer parte do treinamento para estabilizar a mente.
Durante nosso encontro,em meio a um rápido lanche antes do embarque, ela entregou um pequeno livro escrito em castelhano pela Gran Mestre, “Encontrem o tesouro no seu interior”.
É deste livro o trecho abaixo:
“O que é o Budismo e o que é o Dharma de Buda?
Quando se fala de Budismo, não estamos falando de uma determinada religião. Se prestarem atenção a palavra coreana Bulgyo, que se usa para se referir a Budismo, verão que a sílaba “bul” remete à origem da vida eterna, à natureza de Buda que possui todo o ser e “gyo” faz referência a ensinamentos que nos ensinam como deve viver o ser humano e como funciona o mundo. Ou seja, o Budismo nos ensina o princípio da origem de todos os seres e coisas e como se desenvolvem cada um deles. Quer dizer que se refere precisamente à vida que levamos, ao funcionamento em si dos seres de uma vida comum, um propósito comum, um operar comum, um corpo comum e um sustentar comum.
Assim é, a vida cotidiana de tudo que existe é, em si mesmo, os ensinamentos do Budismo, em outra palavras o Dharma de Buda. Algumas pessoas falam da dificuldade que é encontrar-se com a essência do Dharma de Buda, mas não é porque o Dharma de Buda seja tão difícil, é porque as pessoas, elas mesmo, o fazem difícil. O Dharma de Buda não se encontra num lugar longe e inalcançável, está onde há vida. Não é algo que exista separadamente do nosso dia-a-dia. O Dharma de Buda não é algo complicado, intrincado, nem algo que só se pode desenvolver aprendendo métodos e técnicas,mas é a Verdade que está presente na nossa vida cotidiana, como algo simples e fácil. Isto é precisamente o Dharma de Buda.”
Pessoas preciosas são como mantras: proteção da mente contra nossas dúvidas e ignorância de não saber ou saber errado.
O texto desta semana “Em Busca da Sabedoria” trata dos encontros com pessoas preciosas, ou como podemos descobrir a preciosidade em cada experiência, em cada pessoa. Outro tema importante é como trazer os ensinamentos o Darma para nosso mundo ocidental sem perder a essência tradicional: um trabalho que recém começou.
para receber o texto escreva para artesdecura@netguest.com
sábado, 8 de março de 2014
Arya Tara e mais outros mantras
Existem inúmeros Mantras.
O mais conhecido no Budismo é
OM MANI PEME HUM ( visto no texto anterior)
O que muda é a motivação do momento.
Motivação é o foco para onde dirigimos as intenções, o olhar.
A motivação pode ser de concentração para obter sabedoria, compreender a vacuidade ( o que está além das aparências), superar medos:
GATE, GATE, PARAGATE, PARASANGATE , BODI SOHA.
Para se conectar com a energia budica de Padmasambaba, “o que tudo atende”, elimina as interferências e é uma figura importante para o Budismo Tibetano:
OM, AH, HUM, BENZA ( Vajra) GURU PEMA SIDHI HUM.
O mantra GAYATRI, também é muito conhecido na Índia e sua essência é: “ convoco todas as minhas inteligências para compreender os mistérios e complexidades da vida”:
OM
BUR BUR SOAHA, TAT SAVITUR VARENYAM
BHARGO DEVASYA DHEEMAH
DHIYO YO NAHA PRACHODAYAT
Lama Gangchen deu como um dos primeiros ensinamentos o mantra:
OM MUNI,MUNI,MAHA MUNI, SHAKYAMUNI SOHA.
É um mantra para todas as necessidades e, segundo ele, até para dissolver negatividades dirigidas a nós, tal o poder que desperta.
Um mantra que sempre agrada é os de Tara Verde, Tara Branca ou Tara Vermelha , a mãe libertadora e protetora:
TARA é a manifestação feminina de Buda.
Para Tara Verde
OM TARE, TUTARE, TURE SOHA.
Ou Tara Vermelha:
OM TARE TAM SOHA
Ou Tara Branca:
OM TARE TUTARE TURE MAMA AYURPUNYE JNANA PUTIN KURU SVAHA.
É dito por vários Mestres que sua energia é a mesma de Mãe Maria no catolicismo – são arquétipos da mesma fonte energética.
No texto anexo estão explicações sobre as conexões que essas figuras promovem além da histórias sobre Tara e sua cultura.
Ainda: na internet é possível encontrar a prece cantada das 21 Taras
O Mantra de Tara e as Ave Maria oferecem a mesma sensação da presença compreensiva e acolhedora da Mãe que trazemos internalizada.
No Youtube é possível encontrar gravações lindas de todos eles.
O texto da semana conta mais sobre o tema de TARA, se quiser basta pedir pra artesdecura@netguest.com
sábado, 1 de março de 2014
Mantras - sons que transformam
A palavra mantra em sânscrito tem o significado de proteção da mente.
A repetição de mantras é uma outra forma de meditação; enquanto repetimos as frases e colocamos a intenção particular de cada um a mente vai ganhando foco e despertando potenciais.
Além disso:
Os pensamentos “arrastam” a mente grosseira e impedem que ela se mantenha estável, calma.
Como um lago que fica revolto com a ventania não consegue refletir o céu de forma clara e definida; assim também é nossa mente:
quando invadida por pensamentos de euforia ou de aflição, de apego ou aversão, respostas automáticas....reflete a realidade com deformações.
Só a mente calma, controlada, tem a visão correta da realidade.
Os mantras são formulas para “massagear” a mente protegendo-a dos pensamentos invasivos.
Os Mantras agem na psique, consciente e inconsciente, onde nossas reações ( pensamentos, emoções, comportamentos, opiniões etc) são produzidas automaticamente impulsionadas pelas marcas condicionadas (carmicas), emoções e comportamentos.
A “massagem” dos mantras auxilia a estabilização e transformação da mente grosseira e sutil.
Usualmente na tradição do Budismo tibetano os mantras são falados em sânscrito que é uma língua mãe da humanidade.
Acredita-se que são sons primordiais e tocam profundamente as estruturas mentais grosseiras( de cérebro), sutis ( sensações) e muito sutis ( percepções da consciência).
Devem ser no mínimo ( preferencialmente) murmurados, para estimular a região do laríngeo.
Como em tudo, a intenção tem poder; quando estudamos um mantra, compreendemos suas sílabas e motivação, agilizamos a vontade para que coopere com a transformação.
A intenção é como um afeto que colocamos na ação: quanto mais afeto, mais efeito.
A repetição dos mantras acompanhada também pela motivação de alcançar a serenidade e também beneficiar todos os seres, expande seu campo de efeitos porque se fortalece.
No texto desta semana “Os sons do mundo”, um pouco sobre o mantra mais conhecido do Budismo:
OM MANI PEME HUM
O Mantra da Compaixão.
O mantra que desperta a compreensão da dor das pessoas ( e nossas dores também), ajuda a descobrir onde estão “presas”, onde está a origem desse sofrimento e como é possível ajudar a sair COM LUCIDEZ E BONDADE das “dores”através das 4 generosidades = COMPAIXÃO:
Generosidade de:
dar apoio material
proteger dos medos
aceitar de forma incondicional
ensinar o que sabe
( para receber o texto escreva para artesdecura@netguest.com)
sábado, 22 de fevereiro de 2014
Meditação - Shamata, o caminho da lucidez e da serenidade
Temos respostas automáticas ditadas por estruturas internas criadas através dos tempos que atrapalham nossas decisões de permanecermos serenos.
Existem vários tipos de Meditação;neste nosso caminho a meditação silenciosa- SHAMATA, sugerida tem como objetivo o treinamento para não sermos arrastados por situações externas ou internas; as coisas chegam e não têm o poder de nos arrastar.
Meditar treinando manter o foco, aprendemos a não nos deixar arrastar nem pelo corpo, nem pelas emoções, nem pensamentos , nem paisagens.
A meditação, imobilizar o corpo, observar e silenciar os pensamentos, observar e silenciar as emoções nos coloca em contato com o SILÊNCIO.
Existe um princípio ativo no SILÊNCIO.
A meditação é o treino de “ação poder”, de não se deixar perturbar e agir, como ensina Lama Padma Samten.
Esta “ação poder” propicia as outras 4 ações:
ação pacificadora,
ação incrementadora ( de beneficiar os outros),
ação estabilizadora ( acolhimento)
ação discriminatória ( escolhas lúcidas)
A base da “ação poder” é o Silêncio.
No Silêncio existe o contato com uma posição livre e lúcida já que a mente fica livre das insatisfações dos sofrimentos.
No Silêncio há um contato além das bolhas de realidade, um encontro com a Presença.
Sofrimento é falta de lucidez.
No texto da semana “Mergulho no Infinito”, o prof Allan Wallace comenta de forma simples as estruturas da psique – consciente/ inconsciente e as Dimensões escondidas que podem ser acessadas através da meditação:
Alaya ( base LUMINOSA da mente e depósito de memórias),
Budadatu ( mundo dos arquétipos) ,
Arupa ( espaço infinito) e
Darmakaya ( a realidade absoluta onde tudo se cria)
Inicie meditar durante 15 minutos diariamente:
Pratica dos 7 gestos:
1.Sentar com apoio de uma almofada para que os joelhos fiquem abaixo dos quadris e facilitem a coluna reta
2.costas eretas mas não duras
3.mãos apoiadas sobre as pernas
4.cabeça levemente inclinada para o peito para que a coluna na parte superior fique reta
5. boca entreaberta
6.ponta língua tocando o céu da boca atrás dos dentes para não salivar muito
7.olhos semicerrados
Atenção à respiração natural, o ar entrando e saindo, atenção às narinas, manter o olhar num ponto fixo.
* Atenção ao corpo:
Atenção, observar sem interpretar nem criar histórias:
os 5 sentidos:
Tato/pele e o tocar
Olfato/vias respiratórias e o cheirar
Paladar/ Língua e o saborear
Audição/ ouvidos e o escutar
Visão/ olhos e o enxergar
*e/ou
Atenção aos 5 elementos em si mesmo e nos fenômenos ao redor ( coisas e situações) de que tudo é composto:
Terra / solidez – aspectos concretos - firmeza
Água/ fluidez – aspectos líquidos – flexibilidade
Fogo/ temperatura – transformação
Vento/ movimento – mudança
Espaço/ infinito – liberdade
Ou ainda....
*no Silêncio sentir a liberdade de se imaginar uma nuvem se dissolvendo no céu, uma gota ou uma onda se dissolvendo no oceano... livre de todas as “bolhas
( realidades, as lokas no budismo)”.
para receber o texto envie pedido para artesdecura@netguest.com
sábado, 15 de fevereiro de 2014
Métodos e Escolas budistas
Após a morte de Buda Shakyamuni, com o passar do tempo, a forma de praticar o Budismo foi se tornando peculiar a cada cultura que o recebeu e abraçando suas tradições.
Existem basicamente 3 formas de motivação que geram 3 tendências:
O Budismo Theravada, popularmente chamado de Hinayana ( pequeno veículo), como o praticado ao norte da Índia e Myamar.
É uma forma de treinar solitariamente buscando aperfeiçoamento pessoal, com a idéia de que o fato da pessoa se aprimorar individualmente já colabora com o todo.
O Budismo Mahayana (grande veículo), estudar, treinar e praticar os ensinamentos de Buda pelo benefício de todos os seres, como praticado na Ásia e no Japão.Interesse social que inclui também ensinamentos theravadas
O Budismo Vajrayana ( tantra) praticado nas tradições tibetanas, estudar, treinar e praticar os ensinamentos de Buda para o benefício de todos os seres ,através de métodos que permitem que isso seja realizado rapidamente. Escola que inclui ensinamentos das outras 2 escolas.
Com a ocupação do Tibet pela China e a fuga de milhares de tibetanos entre eles muitos Mestres de grandes realizações, essas 3 tradições estão se subdividindo em outras, ensinamentos oferecidos de varias formas, dependendo das circunstâncias. Um desses Mestres tibetanos foi Dilgo Khyentse Rinpoche, que viveu seu exílio no Butão e promovia a ideia de que deveríamos obter ensinamentos de varias tradições. Vale-à-pena descobrir essa figura, já falecida, bastante interessante na internet e no youtube.
E... assim eu ouvi de SS Dalai Lama sobre o Budismo Tibetano(“Minhas palavras”):
O Budismo chega ao Tibet no século VIII da nossa era através de Mestres vindos da Índia, principalmente Padmasambaba - Guru Rinpoche, tido como o 2º Buda e no século seguinte foi decretado ilegal pelo rei Lang-Dar-ma; ele fechou os monastérios que eram os locais dos ensinamentos mas, em lugares remotos ainda era possível manter a tradição.
No século XI surgiu uma confusão entre 2 abordagens à prática dos ensinamentos: o sutra ( caminho longo de treinamento) e o tantra (caminho rápido para expansão de Consciência).
Nesse mesmo século Atisha, um célebre Mestre Indiano, chegou ao Tibet e conseguiu reunir as varias tradições e formas de praticar o Budismo, monástico e leigo, e organiza-los. Ele é considerado autoridade no assunto por todas as escolas filosóficas.
No Budismo Tibetano existem 4 escolas: Nyngma, Sakya, Geluk e Kagyu. É um grave equívoco considerar que uma melhor que outra; todas seguem Buda Shakyamuni, todas combinam sistemas de sutra e tantra e “se especializam” em determinada área.
A escola Geluk, a qual pertence SS Dalai Lama, o foco é principalmente a medicina, embora ele cuide de todas as 4 escolas.
Nestes 21 anos de treinamento estudei principalmente com Mestres da escola Guelupa ( a tradição tibetana mais nova inaugurada pelo Mestre Tsonkapa no séc. XIV) e na tradição Nigma ( a mais antiga sec. VIII- a qual pertence Lama Padma Samten) e é nestas escolas que este Ciclo de Estudos se orienta.
Muitos pontos dos ensinamentos somos capazes de praticar imediatamente, outros vamos mantendo no coração para mais tarde.
Como diz SS Dalai Lama, o caminho do autoconhecimento e da espiritualidade ( perceber a realidade além dos sentidos físicos no nível sutil), não é um caminho fácil, nem depende de milagres do sobrenatural; é um caminho de determinação e perseverança dia-a-dia.
Mas vale cada pequeno avanço em direção à serenidade, à bondade e à lucidez.
Todas as tradições budistas iniciam seus estudos pelas 4 Nobres Verdades :
*o sofrimento ( insatisfações) existe, pela própria impermanência, falta de garantias, separações e dores
*o sofrimento tem causas: ignorância( não perceber a interdependência entre tudo), apego ( atração) e raiva ( aversão).Perceber os fenômenos e situações como concretos.
*é possível parar com essas causas: é possível realizar mudanças pela plasticidade da mente, hoje comprovado pela neurociência.Mudar o olhar.
*para isso existem caminhos, por exemplo:
caminho óctuplo ( theravada), para organizar comportamentos, o Vinaya
mais explicações sobre Caminho óctuplo, no anexo
6 paramitas(mahayana) treinamento da paciência, generosidade, esforço constante, moralidade, concentração e percepção da vacuidade e interfependência, os Sutras
Roda da vida, 3 venenos, 6 reinos, 12 elos interdependentes, estudo da psicologia budista(vajrayana) , o Abidarma
É possível até comparar esses 3 caminhos com as 3 faixas de respostas( e-mail 1, veja guia no anexo) que Lama Padma Samten se refere em seus ensinamentos
Ou ainda :
“A causa do sofrimento, da insatisfação, é o apego.( a identificação do eu com valores e objetos externos e o afastamento da realidade como na neurose)
O apego é causado pela ignorância.
A ignorância que causa o apego é a ignorância da verdadeira realidade, a ignorância de que todos os fenômenos da realidade são impermanentes como uma bolha prestes a estourar.
A ignorância da realidade produz o desejo/apego porque se acredita ser permanente o que é impermanente
.........................
Hoje, com o surgimento da cultura de consumo baseadas não somente na posse e no prestígio social, como sempre aconteceu na história humana, mas também na capacidade de produção e consumo, a situação certamente ficou pior: a difusão das neuroses e, consequentemente, do sofrimento psíquico é um fato que pode ser constatado por qualquer pessoa.
O que nos torna neuróticos não é tanto a vida frenética, a over dose de possibilidades e ofertas, quanto a postura mental que assumimos a seu respeito: como se nossa felicidade dependesse realmente do sucesso. Isso produz o estresse mental , exatamente o contrario da serenidade.
A felicidade é essencialmente serenidade.
A serenidade é o termômetro de nossa felicidade,e não o sucesso.
Giulio Cesare Giacobbe
O texto desta semana “O Caminho da felicidade” é essencial; fala sobre as atitudes básicas e adequadas para ouvir, estudar e compreender os ensinamentos na preciosa condição humana.
4 pensamentos ( conhecimentos) que transformam a mente:
*preciosa condição humana
*impermanência
*carma- causa e efeito
*sofrimento – efeito da ignorância e dos enganos
Para saber mais sobre esse tema budista e outros leia “A Roda Vida” de Lama Padma Samten
Para receber o texto da semana escreva para artesdecura@netguest.com.Este ensinamento de Lama Padma Samten sobre a essência da natureza ilimitada é fundamental no caminho dos estudos.
Sugiro que leia em voz alta, pausadamente, compreendendo cada parágrafo.
sábado, 8 de fevereiro de 2014
Coragem para seguir em frente
Emoções/ seguir em frente
Para finalizar o capítulo 5 - tratando as emoções aflitivas - escolhi o texto, sempre bastante interessante e inteligente, também de Bel César
que resume o treinamento para despertar esforço e não se deixar estagnar pelas raivas,
medos, inércia, invejas, vaidades e dúvidas.
Despertar coragem, esforço entusiástico, generosidade, altruísmo e curiosidade para aprender é aprender a se despedir e
viver o momento presente.
“Dalai Lama explica que o termo tibetano para nirvana é nyang-de que se traduz literalmente por "além da mágoa". "Nesse contexto, mágoa refere-se às aflições da mente; de modo que o nirvana realmente designa um estado de ser que está livre de emoções e pensamentos angustiantes.”
Viver o momento presente é uma Arte; seguir em frente também, sem olhar para trás com apegos,e.....
olhar para trás apenas para aprender e observar as mudanças.
Um passo importante nessa escalada, nesse caminho, nessa busca pela serenidade
é curar as mágoas e o texto oferece uma meditação singela e eficaz.
Meditação para curar mágoas( Bel Cesar)
Em silêncio, traga de volta para sua casa interior todas as energias de sua mente e corpo. Descanse no seu espaço interno o tempo que lhe parecer necessário. Em seguida, com todo seu coração, invoque à sua frente o Ser Sagrado com o qual você sabe que pode contar ou uma forte luz da cor que você, neste momento, sabe que tem a cura de que necessita.
Considere que este Ser ou esta luz não são apenas o resultado da sua imaginação, mas sim a verdadeira expressão de sua conexão com a fonte curadora.
Reconheça com sinceridade suas mágoas e abra-se para receber a cura: visualize raios de luz saindo do Ser Sagrado ou desta fonte de luz e penetrando no topo de sua cabeça. Rapidamente, preenchem seu corpo de luz, purificando instantaneamente suas mágoas. Veja-se totalmente preenchido de luz.
Aos poucos, seu corpo de luz diminui até se transformar num ponto luminoso que se dissolve na intensa luz do Ser Sagrado à sua frente.
Traga essa luz sagrada para o centro de seu coração. Sinta sua consciência novamente centrada em seu corpo. Determine-se a cultivar esse estado mental, simples e natural, mesmo depois de abrir os olhos.
Para finalizar, agradeça a fonte curadora, a purificação recebida e compartilhe essa energia curativa com todos aqueles que estejam precisando dela.
domingo, 2 de fevereiro de 2014
Apego na preguiça
Continuando no “capítulo” emoções:
As emoções aflitivas são chamados também de venenos mentais..... uma vez reconhecidos, podem ser neutralizados com antídotos.
Os medos são dissolvidos com ações objetivas.
A raiva, com a compreensão das intenções e expectativas.
A ignorância, as duvidas, com o conhecimento e aprendizados.
O orgulho, com o cultivo das generosidades e da naturalidade.
E o desejo/apego, o desejo ilimitado ( insatisfações) pelo altruísmo e solidariedade.
Um dos aspectos danosos que os apegos cultivam é a preguiça.
A preguiça é sintoma de dores emocionais não comunicadas, da falta de rumo e da falta de sentido para a vida; está ligada ao vitimismo, às discriminações, ao mimo, à solidão, aos transtornos alimentares e às dificuldades de comunicação.
A preguiça nem sempre se mostra na lentidão e na inércia; ela pode se disfarçar em formas bem dissimuladas....é o que conta o texto desta semana “A natureza da preguiça”.
Essa dissimulação é fruto das nossas tristes neuroses, da necessidade de que outros cuidem de mim, que me incluam na vida !!!!!! que me ofereçam um sentido!!!!!! ...tipo criança carente e abandonada....tipo...precisando aparecer no Facebook – a terra da carençolândia.
No entanto a “cura” dos apegos é o interesse pelo coletivo e pelas necessidades das pessoas que vamos encontrando por nossos caminhos.
A atenção aos outros, a participação em movimentos que expandam bem-estar e dar alívio
com ações cuidadosas,,,liberta da preguiça, essa danada que impede viver os capítulos seguintes de nossa viagem de forma mais alegre.
Desejo que o ensinamento do texto desta semana seja para você uma descoberta/ trampolim tão importante quanto foi para mim. Aproveite!
Para receber o texto da Bel Cesar desta semana,"A natureza da preguiça" escreva para artesdecura@netguest.com
No entanto a “cura” dos apegos é o interesse pelo coletivo e pelas necessidades das pessoas que vamos encontrando por nossos caminhos.
A atenção aos outros, a participação em movimentos que expandam bem-estar e dar alívio
com ações cuidadosas,,,liberta da preguiça, essa danada que impede viver os capítulos seguintes de nossa viagem de forma mais alegre.
Desejo que o ensinamento do texto desta semana seja para você uma descoberta/ trampolim tão importante quanto foi para mim. Aproveite!
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