domingo, 1 de abril de 2012

Bos momentos em que a vida parece tão pobre....

Conheci durante uma viagem “Maria” que comentou sua sensação de durante sua vida não ter feito nada de importante.

Aquela sensação que ficaram vários buracos por preencher? Perguntei.


E ela respondeu:
Parece que me classifico como um ser de segunda linha. Até infantil,
não vivi um romance significativo e acolhedor,
nem sequer tive um trabalho fixo e rentável o suficiente para me manter
por trás das imagens criadas nos meus porta-retratos, sei que a vida foi bem menos interessante do que aparece,
fiz um monte de coisas só para parecer que estava ocupada
quando estou num momento honesto, admito que a preguiça foi minha companheira a maior parte do tempo e ela me seqüestrou de vários projetos
além de tudo isso, procurei em varias “fés mágicas” a solução para minhas limitações
mas hoje preciso admitir que na verdade não existem milagres,
milagre é algo que não consigo explicar
sorte é sempre é fruto de bastante esforço, persistência e trabalho focado.
as dependências que eu criei tiveram enorme poder sobre minhas escolhas e decisões,
enfim.... a vida poderia ter sido bem mais divertida e colorida.

Talvez você também conheça alguém com essas sensações.Que triste ! e isso me fez lembrar que em alguns momentos eu também me senti assim.....

Que sensação desgastante e deprimente!!!!!
Isso acontece porque vivemos lutando com as comparações e seus julgamentos.

Sempre que julgamos algo como bom ou ruim, estamos comparando com algo oposto; estamos usando uma régua para avaliar.

Régua = medida para medir e avaliar.

Mas....que determinou que essa é a régua certa?
Ou melhor, porque aceitamos que essa é a régua certa? Quem nos deu? Que importância tem essa pessoa na nossa vida?

Resposta: essa pessoa representa toda a autoridade com quem convivemos na infância que criou nosso censor pessoal, íntimo. A partir da régua deles fomos construindo nossa própria régua; na fragilidade e dependência da infância, teríamos que imita-los para ser queridos. E imitar perfeitamente.

Houve réguas de pessoas estáveis, coerentes e alegres.
Houve réguas de pessoas que foram uma fraude e doutores em manipulação.
Bem..isso era problema deles; o nosso problema é que construímos nossas réguas a partir de seus exemplos e AS USAMOS ainda adultos!!!!!

Essas réguas são censores que muitas vezes impedem as mudanças, nos impedem de crescer, impedem a realização de nossas vontades, nossas originalidades, nossas vocações e impedem de enfrentar desafios e lidar com as frustrações.
Esse censor interno sempre promete uma bronca e um castigo se você arriscar e perder; ou como diria minha mãe: se eu experimentasse sair da linha.
E pior, esse censor é o responsável pelas dependências a que vamos nos rendendo.

Saia, viva, experimente, se der errado, tente de novo, de outra forma, mas seja livre.
Ser um errado é uma visão totalmente distorcida: ninguém, ninguém mesmo, é certo ou errado; nosso potencial criativo está sempre pronto a ser desenvolvido,

basta querer e renunciar ao jogos oportunistas e aos jogos de vingança, mimo e preguiça.

Sorria para tua liberdade “Maria”, você merece !!!!!! sempre é tempo de recomeçar, sempre há o que recomeçar.

Um comentário:

  1. estamos onde devemos estar. o momento é sempre agora, o tempo é agora, o lugar é aqui,... nada nos resta, a não ser seguir em frente...

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