Conheci durante uma viagem “Maria” que comentou sua sensação de durante sua vida não ter feito nada de importante.
Aquela sensação que ficaram vários buracos por preencher? Perguntei.
E ela respondeu:
Parece que me classifico como um ser de segunda linha. Até infantil,
não vivi um romance significativo e acolhedor,
nem sequer tive um trabalho fixo e rentável o suficiente para me manter
por trás das imagens criadas nos meus porta-retratos, sei que a vida foi bem menos interessante do que aparece,
fiz um monte de coisas só para parecer que estava ocupada
quando estou num momento honesto, admito que a preguiça foi minha companheira a maior parte do tempo e ela me seqüestrou de vários projetos
além de tudo isso, procurei em varias “fés mágicas” a solução para minhas limitações
mas hoje preciso admitir que na verdade não existem milagres,
milagre é algo que não consigo explicar
sorte é sempre é fruto de bastante esforço, persistência e trabalho focado.
as dependências que eu criei tiveram enorme poder sobre minhas escolhas e decisões,
enfim.... a vida poderia ter sido bem mais divertida e colorida.
Talvez você também conheça alguém com essas sensações.Que triste ! e isso me fez lembrar que em alguns momentos eu também me senti assim.....
Que sensação desgastante e deprimente!!!!!
Isso acontece porque vivemos lutando com as comparações e seus julgamentos.
Sempre que julgamos algo como bom ou ruim, estamos comparando com algo oposto; estamos usando uma régua para avaliar.
Régua = medida para medir e avaliar.
Mas....que determinou que essa é a régua certa?
Ou melhor, porque aceitamos que essa é a régua certa? Quem nos deu? Que importância tem essa pessoa na nossa vida?
Resposta: essa pessoa representa toda a autoridade com quem convivemos na infância que criou nosso censor pessoal, íntimo. A partir da régua deles fomos construindo nossa própria régua; na fragilidade e dependência da infância, teríamos que imita-los para ser queridos. E imitar perfeitamente.
Houve réguas de pessoas estáveis, coerentes e alegres.
Houve réguas de pessoas que foram uma fraude e doutores em manipulação.
Bem..isso era problema deles; o nosso problema é que construímos nossas réguas a partir de seus exemplos e AS USAMOS ainda adultos!!!!!
Essas réguas são censores que muitas vezes impedem as mudanças, nos impedem de crescer, impedem a realização de nossas vontades, nossas originalidades, nossas vocações e impedem de enfrentar desafios e lidar com as frustrações.
Esse censor interno sempre promete uma bronca e um castigo se você arriscar e perder; ou como diria minha mãe: se eu experimentasse sair da linha.
E pior, esse censor é o responsável pelas dependências a que vamos nos rendendo.
Saia, viva, experimente, se der errado, tente de novo, de outra forma, mas seja livre.
Ser um errado é uma visão totalmente distorcida: ninguém, ninguém mesmo, é certo ou errado; nosso potencial criativo está sempre pronto a ser desenvolvido,
basta querer e renunciar ao jogos oportunistas e aos jogos de vingança, mimo e preguiça.
Sorria para tua liberdade “Maria”, você merece !!!!!! sempre é tempo de recomeçar, sempre há o que recomeçar.
domingo, 1 de abril de 2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
estamos onde devemos estar. o momento é sempre agora, o tempo é agora, o lugar é aqui,... nada nos resta, a não ser seguir em frente...
ResponderExcluir