domingo, 4 de novembro de 2012

Budismo: psicologia, filosofia ou religião?

Um dos projetos para este 2º semestre DE 2012 era realizar um encontro para refletir sobre as propostas do Budismo nos tempos atuais. Seria o BUDISMO uma filosofia, uma religião ou um sistema para psicologia? Depois da “revolução” que aconteceu na minha vida, este projeto está adiado, mas quero dividir com você as principais idéias que iríamos desenvolver nesse encontro. Essas idéias estão baseadas nas experiências que vivi com Lamas tibetanos, professores ocidentais do Budismo, varias leituras, observações e estudos que realizei por minha conta na convivência com vários conhecidos que também estão em busca de qual a melhor maneira de utilizar os ensinamentos budistas nos dias de hoje. Sinto que o Budismo pode ser estudado junto ou separadamente como filosofia se a preocupação for metafísica, pode ser psicologia se a preocupação for o entendimento das questões mentais e emocionais nas relações e pode ser religião se a preocupação for uma convivência de grupo num determinado modelo de comportamento. No entanto se chegamos a compreender a essência do Budismo, descobrimos que ele é uma ATITUDE antes de tudo. Assim compartilho com você um esquema que resumi destes 20 anos de estudos. Desenvolver esse esquema é um caminho para construir uma ATITUDE BUDISTA para o dia-a-dia independente de qualquer rótulo. Nossos encontros virtuais ou presenciais são exatamente uma tentativa de colocar em pratica esse esquema na nossa vida comum. Primeiros passos: *Abandonar o ideal de perfeição *Perceber que não existem certezas absolutas *A possibilidade de separar dor( física e mental) de sofrimento, basta evitar o drama. Buscar compreender que: Sofrimento é a diferença entre o que acontece e aquilo que gostaríamos que acontecesse. Os sofrimentos podem ser resumidos a : *Querer sentir prazer e tentar evitar a dor *Querer ser elogiado e evitar ser criticado *Querer ganhar e evitar perder *Querer ter boa reputação e evitara má reputação. O que está por trás desta “batalha”? 5 emoções aflitivas que são as fixações(marcas) mentais = 5 venenos mentais que destilamos em 2 movimentos, em nós (internamente)e em direção dos outros ( externamente) e seus respectivos antídotos: *Medo = incompetência (em mim) e inveja ( dos outros). Antídoto= AÇÃO *Orgulho = culpas( em mim) e mentiras(para os outos) Antídoto = NATURALIDADE *Raiva = frustração ( em mim) e agressividade ( para os outros) Antídoto = ACEITAÇÃO *Desejo ilimitado(posse) = ciúmes(em mim) e julgamento( para os outros) Antídoto = LUCIDEZ ALTRUISTA *Ignorância = duvidas ( em mim) certezas ( para os outros) Antídoto = INTERESSE COM CURIOSIDADE O objetivo da construção da ATITUDE BUDISTA é sentir-se livre e sereno em qualquer situação, com qualquer pessoa, em qualquer lugar. O caminho para alcançar a meta da serenidade é a solidariedade lúcida= COMPAIXÃO.

Um comentário:

  1. Adorei o texo! Mas confesso que não será nada fácil colocar em prática estas atitudes, pelo menos para mim que nunca tive contato com o budismo.

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